Pular para o conteúdo principal

UMA BELEZA FANTÁSTICA - RESENHA

Não é lá um grande costume meu assistir filmes como este, porém, estando eu percorrendo pela página inicial do Netflix, foi que encontrei este, por que não, maravilhoso filme. Não foi preciso muito até que eu senti que ele merecia uma bela resenha aqui no blog. Já falei de Dhanak (um filme indiano pra lá de formidável) e hoje é dia de uma produção inglesa, com direito ao cenário fantástico de um país maravilhoso tal como é a Inglaterra. Embora o filme tenha sido produzido no ano de 2016, é notável que a história não se passa neste século, e foi justamente o ambiente, não muito atual, que me fez assistir por mais de uma vez. 



Bella Brown (Jessica Brown Findlay) é a típica protagonista esquisita que todos nós achamos que é louca. Mas ela não é, pelo menos é o que você provavelmente concluirá. Introvertida e com um possível TOC, ela irá capturar seu coração, principalmente se você se sentir identificado com suas manias anormais. Bella sonha em ser escritora de livros infantis, enquanto luta para não chegar atrasada à biblioteca, onde trabalha, tendo como chefe Bramble (Anna Chancellor), com suas cômicas plaquinhas de advertências. 


A história, no entanto, se desenrola ao redor dos jardins da casa de Bella e Alfie (Tom Wilkinson), seu excêntrico vizinho que, ao contrário dela, já perdeu os encantos pela vida. Enquanto Bella tem seu jardim completamente tomado por ervas daninhas e matos indesejáveis, Alfie ostenta lindas flores, de todas as espécies, fazendo-o se sentir autorizado a invadir o quintal da jovem moça todas as vezes que sentisse vontade.

Bella, então, recebe o aviso de que deve dar um jeito em seu jardim, para evitar que seja despejada. E é aí que começa uma estranha amizade entre ela, totalmente avessa às plantas, e Alfie, que enxerga naquelas simples flores sua razão de viver; e os dois não só reformam o quintal dela, como também reformam suas almas, suas percepções de mundo.

E, claro, não podia faltar aquela pitada de romance.


Billy (Jeremy Irvine) é um atrapalhado jovem inventor e constante visitante da biblioteca. Sua maneira dispersa e engenhosa de viver a vida faz Bella “sentir como se soubesse voar”. Os dois são esquisitos e cativantes, trazendo à vida uma simples, mas bonita, história de amor.

“Uma Beleza Fantástica” nos arrebata os pensamentos e nos trás uma estranha sensação de felicidade. Ensina-nos o efeito curador de uma amizade, nos mostrando que, às vezes, tudo que precisamos é de um abraço apertado. 

Não deixe de assistir este lindo filme! 


FICHA TÉCNICA

Título: This Beautiful Fantastic (Original)

Ano de Produção: 2016

Duração: 92 minutos

Gênero: Comédia, Drama, Fantasia, Romance

País: Reino Unido

Local de Filmagens: Londres, Inglaterra, Reino Unido

Sinopse:

Sonhando em um dia ser uma respeita escritora de contos infantis, a jovem Bella Brown vai cruzar com alguém que representa o oposto do que pretende ser: um velho rabugento, viúvo e de poucos amigos. Incrivelmente, ela vai criar um forte laço de amizade com ele, iniciando uma relação curiosa e inspiradora.
(AdoroCinema)




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O CONTO MAIS CURTO DO MUNDO

Pode ser que você não saiba, mas o menor conto do mundo tem apenas seis palavras e sua autoria é atribuída a Ernest Hemingway. Sim. Ao contrário daqueles longos contos, o de Hemingway não tem nada mais e nada menos do que six words . For sale: Baby Shoes, never worn. Em português: Vende-se: Sapatos de bebê, nunca usados. Contam que Hemingway foi desafiado a contar uma história com apenas seis palavras e voilá , eis que nasce esse intrigante conto. Intrigante porque a princípio, lido rapidamente, não parece significar muita coisa, mas existe aquilo, pelo menos para os leitores mais viciados, de se imaginar o que aconteceu antes do início e depois do fim. Imaginando, então, o que teria precedido essa venda, pensa-se logo na gravidez – a alegria, talvez, do primeiro filho(a), os preparativos, a expectativa - depois o nascimento e, então, a morte. Claro que poderíamos concluir também que os pais da criança colocaram o sapato à venda talvez por terem ganhado muitos, mas logo pe

INTERCÂMBIO E MINHA INTROVERSÃO

Sim, mais um desabafo de intercâmbio, sinto muito, mas, como andei lendo, escrever é a melhor, e mais útil, válvula de escape para um introvertido. Este artigo nasceu de uma explosão de pensamentos que me trouxeram até a realidade, que até então, eu tentava ignorar: Eu sou introvertida. Não, não sou tímida. Tire isso da sua cabeça. Introversão não quer dizer timidez, e eu juro que este esteriótipo já está me embrulhando o estômago faz tempo. O que mais se ouve quando se está num intercâmbio, é como você tem que explorar tudo ao máximo para conhecer uma nova cultura. Certo. Concordo plenamente. Mas quem te disse que para isso eu tenho que tagarelar até com a faxineira que passa varrendo o pátio? Não, eu não quero (mas tenho que fazer) gastar o meu tempo respondendo para alguém se o meu país é mais quente, mais frio, ou mais fresco. Google existe para isto e, sinceramente, acho que todos nós sabemos que clima não é um fator cultural. Não quero parecer esnobe, fria ou nariz em

COISAS QUE VALEM A PENA

"Como eu cheguei aqui? Bom, nã o sei! Um dia eu sonhei!" Há certas coisas no mundo que me fazem ir de satisfeita à extasiada. Neste momento estou escrevendo de sala de uma aula localizada numa escola que, até então, eu nem sabia que existia, e sei que em breve irei à uma lan house costarriquenha procurando publicar isso, já que estou impossibilitada de usar meu notebook. E então eu come ço a pensar no qu ão louco é tudo isto. O jeito como de repente nossa vida dá um giro de 360º graus, para melhor ou para pior. No momento intitulei este post como "Coisas que valem a pena" e só fiz porque realmente não pude discernir do que exatamente se trata isto. Talvez seja um desabafo. É, um desabafo. Quando se está longe daquele ar rotineiro, você começa a imaginar inúmeras coisas e há uma espécie de metralhadora que atira pensamentos avulsos contra sua pobre mente, que luta para se adaptar à um novo ambiente. E, provavelmente, foi exatamente neste momento que