Quisera
eu que tudo isto fosse eterno, que dia após dia eu pudesse sentir
meu ser se enriquecer mais e mais. Sempre dizem que a despedida é a
pior parte, a parte mais triste. Não duvido. Há lágrimas e olhares
tristonhos. Dizer adeus à uma vida construída em cinco meses,
deixa-nos com aquele buraco negro fundido em nossas almas. Mas eu não
disse adeus à Costa Rica, eu disse “Hasta luego!”.
Eu
vim embora da Costa Rica com a mente anestesiada pela ignorância de
que eu estava realmente
voltando. Eu poderia olhar ao meu redor, fixar os olhos nas passagens
de avião ou, até mesmo, conferir o calendário, eu jamais seria
capaz de me convencer que o tempo havia passado. Talvez seja uma
autodefesa, fingir não compreender a
brevidade do tempo, e de qualquer maneira eu não poderia lidar com a
realidade, assim tão repentinamente.
Para
quem não nasce em berço de ouro, ter a oportunidade de ver, ao
menos, um outro pedacinho do mundo é como ganhar na loteria. Sei que
Costa Rica não representa tudo o que há de bom e ruim no mundo, mas
ela é uma realidade que eu jamais havia vivido, mas que agora estará
para sempre gravada em mim.
Todas
as pessoas, todos os lugares, todos os momentos, todos os abraços,
todas as palavras, estarão para sempre arquivadas no meu acervo de
boas lembranças. Poderei, e quero, conhecer o mundo, porém, é como
dizem, “as coisas boas jamais são esquecidas”.
Hoje
estou segura de que sou uma pessoa melhor, uma pessoa mais
experiente, com mais coisas para contar; que teve sua concepção de
mundo expandida, que entendeu situações que antes eram impossíveis
de compreender.
Eu
não mudei, apenas melhorei.
Comentários